Embora, para os
cristãos, só Jesus tenha sido perfeito na Terra, e apesar de ninguém esperar que
os papas sejam absolutos santos, algumas histórias envolvendo amantes, crimes e
festas no Vaticano parecem profanas demais para ser verdade.
Confira sete
escândalos de papas corruptos que deixaram suas marcas de maneiras não muito
agradáveis:
7) PAPA CLEMENTE VII
(1523-1534)
Apesar de ser
indiferente à Reforma Protestante (um movimento de reforma na Europa, no qual
várias denominações se separaram da Igreja Católica), o papa Clemente VII ficou
mais conhecido por outro motivo: estava sempre disposto a mudar seu ponto de
vista político para coincidir com o de quem tinha mais poder e riqueza no
determinado momento.
Ele trafegou entre
alianças com a França, a Espanha e a Alemanha, embora tenha se inclinado para as
forças políticas francesas antes de sua morte em 1534 (ele faleceu
“misteriosamente” depois de comer um cogumelo venenoso). Como resultado de sua
fidelidade oscilante, seus críticos, como Carlos V, o compararam a um pastor que
tinha fugido do seu rebanho para retornar como um lobo.
6) PAPA LEÃO X
(1513-1521)
O Papa Leão X era
estritamente contra a Reforma Protestante, movimento inspirado pelo argumento de
Martinho Lutero contra os métodos inescrupulosos da igreja para arrecadar fundos
baseados no medo das pessoas de não ir para o paraíso.
O Papa Leão X não só
permitia, como incentivava os fiéis a pagarem por seus pecados – literalmente.
O líder religioso
colocava preços nos pecados dos outros e obrigava-os a dar-lhe dinheiro em troca
de sua absolvição. E sim, ameaçava os fiéis de que suas almas não seriam capazes
de entrar no céu, se eles não pagassem por pecados como crimes de assassinato,
incesto e roubo.
5) PAPA JÚLIO II
(1503-1513)
Apesar do juramento
do clero de celibato sagrado, Júlio alegadamente tinha várias amantes e, pelo
menos, uma filha ilegítima (algumas fontes indicam que ele tinha duas outras
filhas, que morreram durante a infância).
Em 1511, o conselho fez acusações de
atos sexuais indecentes contra ele, alegando que ele era “um vergonhoso sodomita
coberto de úlceras”.
Embora fosse um fã
de artes e esculturas antigas, Júlio também teria forçado Michelangelo a
concluir a Capela Sistina antes do tempo que o artista pediu. Segundo registros,
Michelangelo nunca chegou a terminar o túmulo do papa Júlio, após ele ter
morrido.
4) PAPA ALEXANDRE VI
(1492-1503)
É, não somente o
papa Júlio II era um “suposto” clérigo celibatário. Alexandre VI também teve
várias amantes, incluindo Giulia Farnese (conhecida como Júlia, a Bela), e teve
numerosos filhos ilegítimos com a antiga amante Vannozza dei Cattani (que era
casada na época).
Seus caminhos
hedonistas eram tão descarados que, mesmo com o crime e a violência tomando as
ruas de Roma, o papa ocupou-se com comédias, banquetes pródigos e bailes – todos
pagos com fundos da igreja católica. Sua vida de playboy não para por aí:
surgiram até mesmo boatos de que o papa organizava orgias.
3) PAPA BENTO IX
(1032-1048)
Tal papa foi tamanha
calamidade que outros religiosos não pouparam críticas severas à figura. Bento
IX ganhou poder e riqueza em uma idade precoce, aos 20 anos, como resultado de
laços de sua família com a igreja. Ele herdou o título de papa por ser sobrinho
do papa João XIX. Ele rapidamente desenvolveu uma imagem de “cruel e imoral”.
O Papa Victor III
escreveu que Bento IX cometia “estupros, assassinatos e outros atos
indescritíveis. Sua vida como papa foi tão vil, tão má, tão execrável, que eu
estremeço só de pensar nisso”. São Pedro Damião tinha coisas similares a dizer
de Bento IX, descrevendo-o como “banquete de imoralidade” e “um demônio do
inferno sob o disfarce de um padre”, que organizava orgias patrocinadas pela
igreja e participava regularmente de bestialidades. Em seu último ato de
corrupção como papa, Bento IX decidiu que queria se casar, e vendeu seu título
para seu padrinho por 680 kg de ouro.
2) PAPA JOÃO XII
(955-964)
Alcançando o título
de Papa aos 18 anos, João XII foi rapidamente considerado preguiçoso e infantil.
Acusações mais severas partiram de seus críticos que eram sacerdotes e
autoridades religiosas. Líderes da igreja disseram que ele invocava demônios,
assassinava e mutilava vários homens, incendiava casas, e participava de jogos
de azar.
Também afirmaram que
ele “transformou o palácio papal em um bordel”, cometendo adultério com muitas
mulheres, além de duas viúvas, sua própria sobrinha e a namorada de seu pai. Seu
reinado como papa terminou nos seus 20 e poucos anos, quando ele morreu de um
derrame, enquanto estava supostamente na cama com uma mulher casada.
1) PAPA ESTEVÃO VI
(896-897)
Essa talvez a seja a
história mais macabra dessa lista. Provavelmente o mais desequilibrado de todos,
o papa Estevão VI queria de todo jeito se vingar de seu predecessor, o papa
Formoso, por achar que tinha sido injustiçado por ele. Porém, seu inimigo já
estava morto. Estevão então ordenou que o cadáver de nove meses fosse exumado,
vestido com vestes sagradas papais e apoiado em um trono para ser julgado por
seus crimes. Um diácono respondeu em nome do falecido.
Estevão se enfureceu
e jorrou acusações no defunto, por achar que ele recebeu injustamente o título
de papa. O cadáver perdeu o julgamento, e Estevão declarou que ele foi um papa
vazio. Ele, então, cortou seus três dedos usados para dar bênçãos e ordenou que
o corpo fosse retirado de suas vestes e despejado em um cemitério para
estrangeiros. Logo após esse episódio, um terremoto atingiu Roma, destruindo a
basílica papal.
O cadáver foi
desenterrado mais uma vez, e atirado em um rio. Algumas pessoas compassivas o
“pescaram” e deram a Formoso um enterro mais adequado. No entanto, o julgamento
macabro voltou a assombrar Estevão, pois os danos do terremoto foram tomados
como um sinal de Deus. Tumultos e multidões que apoiavam Formoso prenderam
Estevão em um calabouço, onde mais tarde ele foi encontrado estrangulado até a
morte.
Psicografado por Schwanz
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