sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A Cruz: Um Novo Significado para o Símbolo cristão

 
A Cruz céltica ou cruz celta, combina a cruz com um anel que lhe faz interseção por trás. É um símbolo que caracteriza os celtas, e suas origens são anteriores ao cristianismo. Esta cruz representa uma das principais formas de arte deste povo.


A Cruz Céltica é usada pelos cristãos na Grã- Bretanha e na Irlanda, e o símbolo mais reconhecido do cristianismo apresenta uma grande variedade de formas de acordo com a denominação religiosa. Como exemplo temos o crucifixo para os católicos, a cruz de oito braços para os ortodoxos ou uma simples cruz para os protestantes e evangélicos.


Em 1997, Crichton Miller, navegador, pesquisador, inventor, orador público e autor, fez uma descoberta através de intensas pesquisas em várias áreas, principalmente navegação. Esta descoberta pode desmistificar um dos ícones do nosso antigo sistema de crenças. 

Ele propõe que este sistema de crenças e a ciência foram herança de antigos marinheiros que navegavam os oceanos do mundo pré- histórico, e que o fim abrupto da última era glacial, há 12.500 anos, com o cataclismo que destruiu grande parte do planeta , os seres humanos que sobreviveram foram aqueles que estavam no mar. Noé? Utnapishitin?

Crichton acredita que essas civilizações pré-cataclismo foram marítimas e tinham desenvolvido uma forma de geometria e matemática que estava ligado à astronomia e astrologia, por causa de seu estilo de vida marítimo. Por terem conseguido viajar nos mares, deveriam ser capazes de saber sua posição e direção.


Em seu livro The Golden Thread of Time, ele mostra que em comparação com os povos antigos, nossa civilização se separou da natureza, tornando-se muito dualista, deixando para trás o conhecimento dos antigos povos, ficando cegos perante as evidências que eles deixaram para nós. 

Para provar isso, ele descobriu um instrumento que os antigos utilizavam para medir as estrelas, mas que instrumento é esse?

O instrumento de navegação

Este instrumento pode contar o tempo, encontrar a latitude e longitude, medir os ângulos das estrelas, predizer os solstícios e os equinócios, medir a precessão dos equinócios. O instrumento também pode encontrar os polos da eclíptica, bem como os polos Norte e Sul. Pode ser usado para fazer mapas e cartas, pirâmides e henges (palavra que refere-se a um tipo de terraplanagem do neolítico, sendo Stonehenge o monumento mais famoso) e, quando usado em combinação com esses sítios observatórios, pode gravar e prever os ciclos da natureza.


Miller chegou a esta conclusão enquanto tentava encontrar as estrelas navegando. Descobriu que um transferidor simples junto a uma cruz com um prumo, poderia definir graus. Desde então, seus experimentos concluíram que este dispositivo pode executar os cálculos geométricos necessários para construir as pirâmides.


Sua teoria é sustentada, em partes, por uma descoberta na grande pirâmide de Gizé, em 1872, quando foi encontrado dentro de um poço, entre uma série de objetos quebrados, algo que parecia ser uma vara de medição, um prumo e um gancho. Miller sugere que isto é parte de um instrumento usado pelos egípcios para medir e acompanhar o ângulo das estrelas, e que a pirâmide era o relógio gigante usado para contar o tempo e desta forma Gizé tornou-se o primeiro meridiano ao qual o horário local foi definido para o resto do mundo.

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Isto vai de encontro as outras descobertas publicadas no blog sobre a localização da grande pirâmide de Gizé, que de forma impressionante foi construída no centro de gravidade dos continentes, estando no centro exato de todas as terras do mundo, dividindo a Terra em quatro partes aproximadamente iguais.


 
 
Psicografado por Schwanz

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Dez Homens Históricos com Doenças Mentais



A loucura,segundo o dicionário,pode ser definida como ''distúrbio ou alteração mental caracterizada pelo afastamento mais ou menos prolongado do indivíduo de seus métodos habituais de pensar,sentir e agir''.
   -Será mesmo que existe uma definição fixa e conclusiva?(como sempre tentando encontrar definições...)
   Várias opiniões,estudos e reflexões buscam as origens da loucura.Ao longo do tempo,esses conceitos vão mudando conforme os padrões sociais e,consequentemente,ganhando novas formas.Sabe-se que durante a história,o mundo foi preenchido por homens ''loucos'' e que moldaram o modo de pensar do mundo com suas contribuições.
   Os ataques de raiva,crises de depressão e mentes que simplesmente pensam diferente,cresceram com invenções assombrosas, teorias matemáticas,poesias,obras-primas musicais e artísticas.
M        A        D        N        E        S        S
''Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura.''
                                                                                                          Aristóteles
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  10| Rei Carlos VI de França
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Rei Carlos VI de França também era conhecido como Carlos,o Louco. Ele reinou na França entre 1380 e 1422. Cerca de uma dúzia de anos depois de tomar o trono,seu mergulho na loucura começou. Ele sofria de múltiplos episódios de doença mental (distúrbios bipolar), incluindo momentos em que ele não conseguia lembrar seu nome ou que ele era o rei. Muitas vezes ele não reconheceu sua esposa ou filhos. Por um período de cinco meses em 1405, ele se recusou a tomar banho ou trocar de roupa. De acordo com os escritos do Papa Pio II, o rei Carlos VI acreditava que ele era feito de vidro  e teve que tomar medidas para garantir que ele não quebrasse.

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  9| Abraham Lincoln
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Abraham Lincoln é conhecido como sendo o 16º Presidente dos Estados Unidos. Apesar de suas realizações,o presidente Lincoln estava propenso ao que ele chamou de "uma tendência a melancolia." 
Enquanto todo mundo fica triste de vez em quando,Lincoln teria experimentado uma depressão severa, debilitante. Alguns biógrafos especulam que ele pudesse ter pensado em suicídio. De acordo com um perfil de Lincoln publicado pela revista Ability, muitas vezes ele chorou incontrolavelmente sobre a situação do humor desesperado e utilizados para equilibrar a sua tristeza. Ele também teria se baseado no trabalho e sentimentos fatalistas,religiosos e resignações para lidar com suas crises de melancolia.


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  8|Vincent Van Gogh
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Você já deve ter ouvido falar de Vincent Van Gogh, o famoso artista louco que cortou a sua própria orelha e depois cometeu suicídio. Acredita-se que ele teve ataques epiléticos causados ​​por uma lesão cerebral devido o uso prolongado de absinto, uma bebida altamente alcoólica. Seu grande entusiasmo pela arte e religião juntamente com seu ritmo rápido de pintura seguidos por períodos de depressão profunda,acreditasse que ele também sofria de transtorno bipolar. Vincent também foi um escritor prolífico, tendo escrito centenas de cartas. Alguns acreditam que ele também tinha hipergrafia, uma condição relacionada à epilepsia e mania caracterizada por um impulso irresistível de escrever.

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  7|Ernest Hemingway
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Ernest Hemingway foi vítima da depressão e do alcoolismo. Como Van Gogh, ele finalmente escolheu para acabar com tudo o suicídio. O pai de Hemingway,o irmão,a irmã,a neta,eles também escolheram o mesmo destino.Enquanto uma extrema afinidade ao suicídio pode ter residido em seu DNA,a saúde mental de Hemingway em seus últimos anos,provavelmente foi afetada por uma vida de alcoolismo,medicamentos com efeitos colaterais e terapias de choque que causaram a perda de memória e pode ter intensificado sua depressão.


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  6|Tennessee Williams
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 Tennessee Williams (1911-1983) foi um grande dramaturgo premiado,carregado com a depressão e sérios abusos de drogas e álcool devido a dois eventos marcantes em sua vida.Williams nasceu em uma família que tinha um histórico de doenças mentais graves.Em meados dos anos 1940, sua irmã, esquizofrênica, sofreu uma lobotomia (morrendo em uma instituição psiquiátrica).Em 1961, o seu amante de longo prazo morreu devido um câncer.
Ambos os eventos mentalmente afetaram Williams profundamente, enviando-lhe a depressões obscuras e toxicomania.Apesar de tentativas de desentoxicação,Williams sofreu de depressão e toxicomania o resto da sua vida,morrendo engasgado com uma tampa de garrafa em seu quarto.

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  5|Edgar Allan Poe
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Conhecido por suas escrituras misteriosas e contos de horror,Edgar Allen Poe foi extremamente interessado em psicologia.Sua fascinação,mostra em suas escrituras passagens psicodélicas.

-Mas ele foi mesmo um louco?


Uma rivalidade complexa e enigmática com Rufus Griswold (editor,antalogista,poeta e crítico de 1812-1857),levou a várias publicações difamatórias entre ambos,desconfianças profissionais,falsidades,entre vários outros aspectos negativos.

Griswold conta que Poe era um louco e que podia ter tido um transtorno bipolar.Poe também era conhecido por seu consumo excessivo de álcool e uma vez escreveu em uma carta que ele tinha experimentado pensamentos suicidas.Poe uma vez causou polêmica ao escrever uma notícia sobre uma viagem de balão através do oceano (mais tarde revelado como uma farsa).

Em 1849,Poe foi encontrado em uma rua,com roupas que pareciam não pertencer a ele,em um estado de delírio.Morreu quatro dias depois em um hospital.Poe jamais conseguiu descrever os fatos que o levaram a tal situação.A teoria mais aceita de sua morte é a embriaguez,as outras se baseiam em: diabetes,síflis,doenças cerebrais etc.



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  4|Howard Hughes
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Howard Hughes foi um aviador brilhante, produtor de cinema, e magnata dos negócios de bilhões de dólares.Ele também era um homem louco que sofria de um medo peculiar de germes.Um artigo publicado pela Associação Americana de Psicologia,em 2005, sugere que sua fobia se tornou tão grave que provavelmente contribuiu para seu vício em codeína.

Hughes tinha um padrão ao longo da vida de momentos em estresse.Como um adolescente,ele ficou paralisado,sem motivo fisiológico aparente por vários meses. Seu medo de germes o levou a comportamentos obsessivo-compulsivos,muitos dos quais ele insistia que sua equipe adotassem luvas e lenços de papel quando fossem servir comida a ele.



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  3|John Nash
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Lembra do filme,Uma Mente Brilhante?Ele é o protagonista real do filme.John Nash é um gênio matemático e destinatário do Prêmio Nobel de Economia (1994).Ele obteve seu doutorado na Universidade de Princeton e desenvolveu a teoria do equilíbrio de Nash.Ele também sofria de esquizofrenia,alucinações, delírios e "vozes". Ele passou por vários hospitais psiquiátricos,sempre contra a sua vontade,onde ele foi tratado com medicamentos antipsicóticos e terapia de choque de insulina.Nash recuperou-se gradualmente e acabou voltando para ensinar matemática na Universidade de Princeton.


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  2|Ludwig Van Beethoven
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Um dos compositores mais famosos do mundo,Ludwig van Beethoven,acredita-se que sofreu de um transtorno bipolar.Beethoven foi um prodígio que explorado por seu pai.As agressões podem ter levado a sua perda de audição mais tarde na vida. Como muitos gênios criativos que sofrem de transtorno bipolar, rajadas de energia,intensidade e criatividade foram equilibradas por períodos de escuridão,solidão e depressão.Como outros que sofrem do transtorno,ele se auto-medicou com drogas (ópio) e álcool.


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  1|Sir Isaac Newton
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Sem dúvida um dos mais brilhantes pensadores do mundo,Sir Isaac Newton inventou o cálculo,desenvolveu as leis do movimento,explicou a gravidade e construiu o primeiro telescópio reflexivo.Ele também era louco. Ele teria sido psicótico,difícil de se conviver,e propenso a mudanças de humor dramáticas.Vários autores têm sugerido que ele sofria de transtorno bipolar e era esquizofrênico.


Embora longe de ser perfeitos,estes homens loucos tocaram o mundo de alguma forma.Eles nos fizeram pensar,nos inspirar,ou nos fazer apreciar a fragilidade da vida que pode ser quebrada como um vidro quando doenças mentais estão envolvidas.
 
Psicografado por Schwanz 

domingo, 18 de novembro de 2012

Histórias dos Manicômios

 


 Essas instituições abrigavam,recolhiam e davam assistência aos chamados ''loucos''.As denominações variam de acordo com os diferentes contextos históricos em que foram criados.O termo manicômio surge a partir do século XIX e designa mais especificamente o hospital psiquiátrico, já com a função de dar um atendimento médico sistemático e especializado.

A prática de retirar os doentes mentais do convívio social para colocá-los em um lugar específico surge em um determinado período histórico. Segundo Michel Foucault, em A história da loucura na idade clássica, ela tem origem na cultura árabe, datando o primeiro hospício conhecido do século VII.


Os primeiros hospícios europeus são criados no século XV, quando da ocupação árabe da Espanha. Na Itália eles datam do mesmo período, e surgem em Florença, Pádua e Bérgamo.

No século XVII os hospícios proliferam e abrigam juntamente os doentes mentais com marginalizados de outras espécies. O tratamento que essas pessoas recebiam nas instituições costumava ser desumano, sendo considerado pior do que o recebido nas prisões. Diversos depoimentos como o de Esquirol,um importante estudioso destas instituições no século XIX,retratam este quadro:

Os primeiros hospícios dos quais se tem notícia situavam-se no Oriente:no século  VII,possivelmente,em  Fez;no final do século XII,em Bagdad;no século XIII,no Cairo.
"Eles são mais mal tratados que os criminosos; eu os vi nus, ou vestidos de trapos, estirados no chão, defendidos da umidade do pavimento apenas por um pouco de palha. Eu os vi privados de ar para respirar, de água para matar a sede, e das coisas indispensáveis à vida. Eu os vi entregues às mãos de verdadeiros carcereiros, abandonados à vigilância brutal destes. Eu os vi em ambientes estreitos, sujos, com falta de ar, de luz, acorrentados em lugares nos quais se hesitaria até em guardar bestas ferozes, que os governos, por luxo e com grandes despesas, mantêm nas capitais." 
                                                                                                                                       Esquirol

Influenciado pelos ideais do iluminismo e da Revolução Francesa, Philippe Pinel (1745-1826), diretor dos hospitais de Bicêtre e da Salpêtrière, foi um dos primeiros a libertar os pacientes dos manicômios das correntes, propiciando-lhes uma liberdade de movimentos por si só terapêutica. Desde que a questão dos "loucos" passa a ser um assunto médico-científico, surgem duas correntes diferentes de pensamento com relação ao trato dos pacientes e à origem de seus males. Uma crê no tratamento "moral", nas práticas psico-pedagógicas, nas terapias afetivas como mais importantes. Outra focaliza o tratamento físico, crendo ser a loucura um mal orgânico, fruto de uma lesão ou de um mal funcionamento encefálico. Para esta última, o ambiente dos manicômios, suas instalações, não são tão relevantes para o tratamento.

Mesmo após as reformas instituídas no século XIX por Pinel, um dos primeiros a aplicar uma "medicina manicomial", o tratamento dado ao interno do manicômio ainda era mais uma prática de tortura do que a uma prática médico-científica. Tanto a corrente organicista quanto aquela que acreditava no tratamento "moral", não dispensavam os tratamentos físicos. Nestes tratamentos buscava-se dar um "choque" no paciente, fazer com que passasse por uma sensação intensa, que o tirasse de seu estado de alienação.
Eram correntes as práticas de sangria, de isolamento em quartos escuros, de banhos de água fria, além dos aparelhos que faziam com que o paciente rodopiasse em macas ou cadeiras durante horas para que perdesse a consciência.
Através da história, alternam-se momentos em que predominam as correntes "morais" e organicistas para o tratamento dos doentes mentais dentro da ciência médica. Este último século foi marcado pelo aumento da contribuição das ciências humanas no sentido de entender a loucura como também uma categoria social, com diferentes sentidos em diferentes culturas e períodos históricos. A institucionalização, a exclusão do convívio social, também passa a ser entendida como uma prática histórica que, por si só, não significa o tratamento mais adequado para aqueles que entendemos como doentes mentais. Do mesmo modo como nasceu em um determinado período histórico, ela também pode acabar.

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                                   Lobotomia
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Lobotomia, mais apropriadamente chamada leucotomia (já que lobotomia refere-se a cortar as ligações de qualquer lobo cerebral) é uma intervenção cirúrgica no cérebro, onde são seccionadas as vias que ligam os lobos frontais ao tálamo e outras vias frontais associadas. Foi utilizada no passado em casos graves de esquizofrenia. A lobotomia foi uma técnica bárbara da psicocirurgia que não mais é usada,exceto com inflição de lesões seletivas em regiões bem delimitadas.


O procedimento leva a um estado algo sedado de baixa reatividade emocional nos pacientes. Existem controvérsias sobre os resultados do procedimento.
Um paciente lobotomizado pelo Dr. Walter Freeman aos 12 anos de idade

A lobotomia pré-frontal foi inventada por um neurocirurgião português, o Dr. Egas Moniz, e popularizada nos Estados Unidos pelo Dr. Walter Freeman, que a modificou para que pudesse ser feita no consultório (lobotomia trans-orbitária ou "ice-pick lobotomy"), em menos de 10 minutos, com uma incisão através da órbita, como na figura acima, que mostra Howard Dully sendo lobotomizado aos 12 anos de idade.

 Essa psico-cirurgia era a única terapêutica disponível para alguns casos de psicopatias, e foi abandonada com o advento das drogas neurolépticas. Infelizmente, o Dr. Freeman abusou das potencialidades dessa cirurgia e menosprezou as suas potenciais complicações, encerrando a sua carreira depois que uma paciente morreu de hemorragia cerebral.
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 Imagens do inconsciente


"Escultura feita por um paciente quatro meses após uma lobotomia, representa estranha serpente que domina, marca e deprime uma caverna de rocha esponjosa, como a dividi-la em duas partes que sugerem o aspecto dos hemisférios cerebrais."


"Escultura disforme feita pelo mesmo paciente trinta e dois anos mais tarde, mostrando as arrasadoras conseqüências da lobotomia em sua capacidade criadora."
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                                       Outras imagens
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[Imagens:GoreGrish,comciencia,BBC,O Mundo das Imagens, São Paulo: Ática, 1992.Imagens do Inconsciente, Rio de Janeiro: Alhambra, 1981.]
Psicografado por Schwanz 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Pneumotórax


Significa ar na cavidade pleural. 

Os que encontramos na cavidade pleural são 20 ml de transudato, água e moléculas de baixo peso molecular. É encontrada também uma pressão negativa (pressão de vácuo).

Não existe condição fisiológica nenhuma que dê pneumotórax, logo se tem ar, tem pneumotórax.
É importante classificar o máximo possível o pneumotórax, mais isso ajuda com o paciente.
 
Classificação

1)      De acordo com a etiogia, podendo ser:

Espontâneo (primário ou secundário) – O primário é aquele que não tem relação com nenhuma doença, simplesmente apareceu. São comuns em indivíduos fumantes, homens, jovens, altos e longilíneos. Normalmente não tem relação com esforço físico.
O secundário existe relação com alguma doença de base, doenças que gerem lesão alveolar ou hiperdistensão alveolar (bronquite crônica, mucoviscidose, edema pulmonar, crise asmática), doenças que inflamam o alvéolo (necrose e morte do alvéolo – ar que estava dentro vai para a cavidade pleural).

Terapêutico – hoje em dia não existe mais. Ele era provocado de propósito em situações onde houvesse hemorragia interna, pois antigamente quando havia sangramento dentro dos órgãos se injetava ar na cavidade pleural e conforme esse ar deslocava o pulmão no sentido contrario acabava contraindo o foco hemorrágico.

Diagnóstico  - hoje em dia também não se faz mais. Por não existir tomografia e nem RM, o principal exame de imagem feito era o RX. O RX é um exame de apenas um plano, sendo assim a lesão não podia ser com certeza, detectada de onde era sua origem (se na costela, na cavidade pleural, no pulmão, se ta na pele). Por isso, antigamente se injeta ar na cavidade pleural, esse ar deslocava a estrutura e a partir da separação dos tecidos ficava melhor a visualização da imagem, sugestiva de alguma lesão.

Traumático – A partir de traumas de tórax perfurativo ou não perfurativo pode acontecer pneumotórax. Por exemplo, fratura de costela pode pinçar o pulmão formando um fistula pulmonar ou trauma perfurativos como arma de fogo ou faca que pode abrir a passagem de ar.

Iatrogênico – Aquele que não é proposital, mas aparece de acordo com alguma manipulação inadequada. Por exemplo, uma punção de cavidade pleural que pode acabar passando do limite da lamina visceral.

2)      De acordo com comunicação bronco pleural: Fístula significa comunicação anormal, não é normal que tenhamos comunicação entre cavidade pleural e pulmão. A partir do momento que isso acontece chamamos de fístula.
 
    Existe a fistula bronco-pleural (rompeu alvéolo, que passa o ar para dentro da cavidade pleural), tóraco-pleural (perda da cavidade torácica para dentro do pulmão).

Pneumotórax fechado/intrínseco – quando a fístula bronco-pleural está presente, ou seja, o ar vem do pulmão para a cavidade pleural.

Pneumotórax aberto/extrínseco – quando não há fistula bronco-pleural, ou seja, quando o ar vem da atmosfera para a cavidade pleural. 

O fechado é sempre mais grave, pois é muito mais difícil cicatrizar pulmão do que cicatrizar caixa torácica.

3)      De acordo com a gravidade: pode ser hipertensivo ou não hipertensivo.

Hipertensivo: muito mais grave rápido e fatal. Sempre vem de um pneumotórax fechado, a fistula bronco-pleural tende a se comportar como uma válvula, conforme esse indivíduo inspira o pulmão abre, a fistula aumenta de tamanho, o ar que estava presente sai;  quando ele expira a fistula fecha e o ar que saiu na inspiração não volta e fica aprisionado. Na próxima inspiração a fistula aumenta e o ar sai, quando ele expira a fistula diminui e o ar continua aprisionado – sendo assim, a cada inspiração o volume de ar na cavidade pleural tende aumentar de tamanho e esse ar vai acumulando, acumulando. Causando dois problemas muitos graves: conforme esse ar vai acumulando, ocorre expansão da massa de ar dentro da cavidade pleural, desloca a caixa torácica para fora (abaulada) e descola pulmão, mediastino para o outro lado. 

No mediastino temos o coração, conforme o coração passa a ser deslocado à veia cava tender a se dobrar e o retorno venoso diminui, conseqüentemente chega menos sangue no átrio direito, menos sangue vai parar o ventrículo esquerdo, cai o DC, cai PA, cai perfusão de tecidos, cai perfusão coronariana, para o coração – causando uma parada cardiorrespiratória em virtude de um pneumotórax hipertensivo. Antes de fazer a parada o individuo perde a consciência por causa da diminuição da perfusão cerebral. 

Vimos que a pressão negativa de dentro da cavidade pleural, ela por ser negativa ajuda no retorno venoso pro lado direito do coração, conforme a pressão passa a ficar positiva na cavidade pleural atrapalha o retorno venoso fazendo com que o volume de sangue no lado direito diminua mais ainda, cai o DC, cai PA e perda de nutrição dos tecidos.
 
A hipertensão ocorre por causa da cavidade pleural, o ar que se acumula a deixa cada vez mais positiva.

Não – hipertensivo: ocorre o mesmo sistema valvular, mais é bidirecional -  ar entra e sair pela fístula. Não faz quadro hipertensivo na cavidade pleural. Ou a fistula se formou e imediatamente ela se fecha, ou essa fistula passa adotar um mecanismo bi-direcional (o ar que saia da inspiração volta na expiração).

4)      Em relação ao tamanho:
 
      Pequeno – ocupa até 25% da cavidade pleural.
A medida é feita pelo RX, é realizada a medida entre o pulmão e a caixa torácica. O ar é leve e sobe, por isso é encontrado pneumotórax na ápice mesmo que a fistula seja na base.  Logo, se essa distancia for menor do que 3 cm é pequeno e se for maior do que 3 cm é considerado um pneumotórax grande.

Grande – ocupa mais de 25% da cavidade pleural.

Diagnóstico

Quadro clinico:

·         Falta de ar – porque a massa de ar comprime o pulmão.
·         Dor pleurítica – conforme nos inspiramos, o pulmão comprime a massa de ar contra a lâmina parietal e causa dor.
·         Tosse Irritativa – massa de ar comprime pulmão que comprime receptores irritantes dos brônquios e causa tosse.

Lembrando que o pneumotórax pode ter vindo de alguma doença, sendo assim, o QC além de ser o de pneumotórax é somado com o QC da doença de base.


Depende também da gravidade da doença, se for pneumotórax hipertensivo devemos somar ao QC a instabilidade hemodinâmica (baixo DC, hipotensão, má perfusão sistêmica).
Depende também do tamanho, um pneumotórax pequeno geralmente é assintomático.

A expansibilidade estará baixa, apesar de o tórax estar abaulado.
O frêmito toracovocal estará baixo por separar uma lamina da outra.
Percussão estará timpânico ou hipersonórico.
Ausculta pulmonar  estará baixa, pois o ar não estará no pulmão e sim na cavidade. Porém pode aparecer o ruído da doença de base.

Exame complementar:
RX – não  é muito conclusivo.
Tomografia – mais conclusivo.

Tratamento:
Drenagem – colocado um dreno para tirar o ar de dentro da cavidade (em pneumotórax grande). Em Pneumotórax hipertensivo é toracocentese de emergência (agulha direta e deixa o ar sair).
Fisioterapia respiratória.


Aula ministrada pela Prof. Ms. Flavia
Psicografado por Schwanz